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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES ANUAIS DAS AÇÕES DO PIBID NA ESCOLA EGÍDIA CAVALCANTE CHAGAS

O primeiro trimestre do ano de 2016 foi marcado pelo estudo do texto “Como a escola pode explicar erros gramaticais e inovações?” de Maria Cecilia Mollica e Cláudia Roncarati, que propiciou o esclarecimento de conceitos arraigados pelo ensino tradicional de Língua Portuguesa. As autoras apresentaram diversas alternativas de análise para os conhecidos "erros” cometidos pelos alunos em suas redações, alertaram que algumas das falhas encontradas na escrita são decorrentes de vícios da oralidade e que por fazerem parte do cotidiano dos alunos é tarefa do professor observá-los e pesquisá-los atenciosamente para uma melhor assimilação destes conceitos em sala de aula. O referido estudo fundamentou as análises ocorridas sobre textos produzidos pelos candidatos da seleção de bolsistas do PIBID, nestes escritos foram identificados e explicados alguns desvios gramaticais conceituados no postulado de Mollica e Roncarati. As análises acima destacadas proporcionaram o conhecimento de novas possibilidades para o tratamento da gramática em classe, bem como, uma nova concepção sobre as inadequações praticadas pelos discentes, o que contribuiu consideravelmente para uma ampliação sobre o ensino de gramática nas aulas de Língua Portuguesa.
No trimestre seguinte, destacamos a atividade realizada com as leituras complementares de obras literárias contemporâneas como, por exemplo, O voo da guará vermelho de Maria Valéria Rezende, O e-mail de Caminha de Ana Elisa Ribeiro, As intermitências da morte de José Saramago e A desintegração da morte de Orígenes Lessa. Com base nestas leituras, os respectivos grupos apresentaram de maneira criativa no auditório da FAFIDAM o enredo de seus livros.
Além disto, as ações do PIBID na Escola Egídia Cavalcante Chagas estiveram voltadas para a produção de um relatório avaliativo sobre os dois anos de implantação do programa. Neste período, o grupo de bolsistas supervisionado pela professora Valéria Oliveira organizou, de forma cronológica, as atividades realizadas e os resultados obtidos com elas em um arquivo que foi enviado e apresentado aos coordenadores de área e demais colegas de projeto.
No trimestre em sequência, realizamos alguns encontros formativos com a supervisora da Escola Egídia Cavalcante Chagas, Valéria Oliveira. No mês de julho, as escolas da rede estadual estavam em greve, por isso nossas atividades concentraram-se na participação de movimentos grevistas e reuniões com os coordenadores na Fafidam. Já no mês de agosto, com o retorno das atividades escolares, realizamos encontros para a discussão e elaboração da apresentação do texto Docência: notas sobre a dimensão ética da profissão, além de selecionarmos o material para a produção do trabalho que seria apresentado na Semana Universitária do referido ano. Ademais, observamos as aulas e auxiliamos a professora e os alunos durante as atividades quando eles precisavam. Por fim, no mês de setembro participamos da elaboração da avaliação bimestral da turma do 3º ano E, além das observações nas turmas do 2º ano A e B. 
Enfim, chegamos ao quarto e último trimestre do ano, em que estudamos o texto Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação de Vani Moreira Kenski, o qual possibilitou o conhecimento da importância do uso das tecnologias no desenvolvimento do ser humano. Com a leitura, percebemos que inovações tecnológicas não significam celulares ou computadores de última geração, e sim, tudo aquilo que o homem foi capaz de inventar e/ou aperfeiçoar para o melhoramento de sua vida na terra. No ambiente escolar, podemos apontar como exemplo de tecnologia a própria linguagem utilizada para a interação entre professores e alunos.
Na escola, foi realizada uma oficina sobre os gêneros carta e crônica para os alunos do terceiro ano do ensino médio, com objetivo de prepara-los melhor para a realização do vestibular da Uece. Ademais, participamos da Semana Universitária da Uece de 2016, com a apresentação do trabalho A abordagem dos gêneros discursivos nos Livros Didáticos de Língua Portuguesa, que analisava o livro didático Português: Linguagens em conexão, adotado pela escola E.E.M. Egídia Cavalcante Chagas do município de Morada Nova, no 3º ano do Ensino Médio. Observou-se com a pesquisa, o tratamento dado pelos manuais didáticos de Língua Portuguesa aos gêneros textuais discursivos, elencando os gêneros selecionados pela coleção para esta série, descrevendo as propostas oferecidas para o trabalho em sala de aula. Fundamentamo-nos em Bakhtin (2003); Marcuschi (2008) e Cavalcanti e Silva (2015) para verificar como o livro propõe que a escola trabalhe os gêneros presentes e se o faz atentando para a natureza interativa e funcional dos gêneros.  Os resultados apontaram para a constatação de que os gêneros agrupados são prioritariamente da tipologia argumentativa, incentivando o posicionamento crítico dos alunos.  Percebeu-se com esta análise inicial que o livro didático deve ser utilizado como recurso auxiliar em sala de aula. Assim sendo, faz-se necessário que professor e escola utilizem os manuais didáticos como um recurso assistente e não limitante, preparando os alunos para as situações comunicativas encontradas no cotidiano.


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