O
primeiro trimestre do ano de 2016 foi marcado pelo estudo do texto “Como a escola pode explicar erros
gramaticais e inovações?” de Maria Cecilia Mollica e Cláudia Roncarati, que
propiciou o esclarecimento de conceitos arraigados pelo
ensino tradicional de Língua Portuguesa. As autoras apresentaram diversas
alternativas de análise para os conhecidos "erros” cometidos pelos alunos
em suas redações, alertaram que algumas das falhas encontradas na escrita são
decorrentes de vícios da oralidade e que por fazerem parte do cotidiano dos
alunos é tarefa do professor observá-los e pesquisá-los atenciosamente para uma
melhor assimilação destes conceitos em sala de aula. O referido estudo fundamentou as
análises ocorridas sobre textos produzidos pelos candidatos da seleção de
bolsistas do PIBID, nestes escritos foram identificados e explicados alguns
desvios gramaticais conceituados no postulado de Mollica e Roncarati. As
análises acima destacadas proporcionaram o conhecimento de novas possibilidades
para o tratamento da gramática em classe, bem como, uma nova concepção sobre as
inadequações praticadas pelos discentes, o que contribuiu consideravelmente
para uma ampliação sobre o ensino de gramática nas aulas de Língua Portuguesa.
No trimestre seguinte, destacamos a atividade realizada com as leituras
complementares de obras literárias contemporâneas como, por exemplo, O voo da guará vermelho de Maria Valéria Rezende, O e-mail de Caminha de Ana Elisa Ribeiro, As intermitências da morte de José Saramago e A desintegração da morte de Orígenes Lessa. Com base nestas
leituras, os respectivos grupos apresentaram de maneira criativa no auditório
da FAFIDAM o enredo de seus livros.
Além
disto, as ações do PIBID na Escola Egídia Cavalcante Chagas estiveram voltadas
para a produção de um relatório avaliativo sobre os dois anos de implantação do
programa. Neste período, o grupo de bolsistas supervisionado pela professora
Valéria Oliveira organizou, de forma cronológica, as atividades realizadas e os
resultados obtidos com elas em um arquivo que foi enviado e apresentado aos
coordenadores de área e demais colegas de projeto.
No trimestre em
sequência, realizamos alguns encontros
formativos com a supervisora da Escola Egídia Cavalcante Chagas, Valéria Oliveira.
No mês de julho, as escolas da rede estadual estavam em greve, por isso nossas
atividades concentraram-se na participação de movimentos grevistas e reuniões
com os coordenadores na Fafidam. Já no mês de agosto, com o retorno das
atividades escolares, realizamos encontros para a discussão e elaboração da
apresentação do texto Docência:
notas sobre a dimensão ética da profissão, além de selecionarmos o material
para a produção do trabalho que seria apresentado na Semana Universitária do
referido ano. Ademais, observamos as aulas e auxiliamos a professora e os
alunos durante as atividades quando eles precisavam. Por fim, no mês de
setembro participamos da elaboração da avaliação bimestral da turma do 3º ano
E, além das observações nas turmas do 2º ano A e B.
Enfim,
chegamos ao quarto e último trimestre do ano, em que estudamos o texto Educação
e Tecnologias: o novo ritmo da informação de
Vani Moreira Kenski, o qual possibilitou o conhecimento da importância do uso
das tecnologias no desenvolvimento do ser humano. Com a leitura, percebemos que
inovações tecnológicas não significam celulares ou computadores de última
geração, e sim, tudo aquilo que o homem foi capaz de inventar e/ou aperfeiçoar
para o melhoramento de sua vida na terra. No ambiente escolar, podemos apontar
como exemplo de tecnologia a própria linguagem utilizada para a interação entre
professores e alunos.
Na escola, foi
realizada uma oficina sobre os gêneros carta
e crônica para os alunos do terceiro
ano do ensino médio, com objetivo de prepara-los melhor para a realização do
vestibular da Uece. Ademais, participamos da Semana Universitária da Uece de
2016, com a apresentação do trabalho A abordagem
dos gêneros discursivos nos Livros Didáticos de Língua Portuguesa, que analisava o livro
didático Português: Linguagens em conexão, adotado pela escola E.E.M. Egídia
Cavalcante Chagas do município de Morada Nova, no 3º ano do Ensino Médio. Observou-se com a pesquisa, o tratamento
dado pelos manuais didáticos de Língua Portuguesa aos gêneros textuais
discursivos, elencando os gêneros selecionados
pela coleção para esta série, descrevendo as propostas oferecidas
para o trabalho em sala de aula. Fundamentamo-nos
em Bakhtin (2003); Marcuschi (2008) e Cavalcanti
e Silva (2015) para verificar como o livro propõe que a escola trabalhe os gêneros presentes
e se o faz atentando para a natureza interativa e funcional dos gêneros. Os resultados apontaram para a
constatação de que os gêneros agrupados são prioritariamente da tipologia argumentativa, incentivando o
posicionamento crítico dos alunos. Percebeu-se
com esta análise inicial que o livro
didático deve ser utilizado como recurso auxiliar em sala de aula. Assim sendo,
faz-se necessário que professor e escola utilizem os manuais didáticos como um
recurso assistente e não limitante, preparando os alunos para as situações
comunicativas encontradas no cotidiano.
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